A Trupe Gaia foi convidada pelo jornal Estado de Minas para falar sobre o filme "O Palhaço" na visão de palhaços que atuam na vida real.
O filme retrata a trajetória da trupe do Circo Esperança nas estradas de Minas Gerais onde Selton Mello e Paulo José interpretam a dupla de palhaços Pangaré (Benjamim) e Puro-Sangue (Valdemar), a principal atração do Circo. Apesar de levar o público às gargalhadas, Benjamim entra em crise e sai em busca de sua própria identidade, cruzando com as mais diferentes figuras pelo caminho.
Os artistas Corneta, Palhaçita e Guga assistiram ao filme "O palhaço", com direção e atuação de Selton Mello, eaproveitaram para transformar a sessão num espetáculo para o público.
A trupe aprovou o longa-metragem, que se passa no interior de Minas, e espera que a iniciativa do ator estimule outras produções sobre o tema.
Tinha pipoca, tinha plateia e tinha palhaço. O respeitável público, principalmente as crianças, se divertiam à beça. Bem que poderia ser um circo, mas era uma sessão de cinema. Palhacita e Guga, da Trupe Gaia, e Corneta, da Cia dos Palhaços Gigantes, chegaram ao Cineart do Boulevard Shopping causando alvoroço. “Palhaço sempre provoca alguma reação. E a criançada, especialmente, gosta muito da gente. Fica encantada mesmo”, comentou Guga. A convite do Estado de Minas, os três artistas foram assistir ao filme O palhaço, com direção e atuação de Selton Mello. Os espectadores entraram no clima da exibição e a todo momento brincavam com os artistas, que assistiram à sessão com o figurino completo.
“ Só entra aqui na sala quem me der pipoca”, anunciava Palhacita. “Vamos parar com essa palhaçada aí”, avisava um senhor sentado na última fila aos intrépidos representantes da palhaçaria. O longa, que se passa no interior de Minas Gerais, já recebeu diversos prêmios e conta a história do Circo Esperança, cujos proprietários são a dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue, interpretados respectivamente por Selton Mello e Paulo José, que na verdade são Benjamim e Valdemar. Vivem “mambembeando” pelas cidades afora, levando a magia do picadeiro.
“Isso de cada hora estar num lugar, de não ter um pouso certo, tem tudo a ver com a nossa realidade. Mas como fazemos parte de um circo mais moderno, não é o público que chega até a gente, nós é que temos que ir até o público”, comenta Guga, que espera que a iniciativa de Selton Mello possa estimular outras produções sobre a mesma temática. “É um assunto que fascina gente de todas as idades e mostra o que está por trás da lona: a luta pela sobrevivência dos artistas, o dia a dia que não é feito só de glamour e aplausos. O lado humano por trás das fantasias e das máscaras”, explica.
Palhacita, também integrante da Trupe de Gaia junto com Guga, conta que desde que foi levada pelo pai a um espetáculo circense, ainda criança, nunca mais se esqueceu. Chegou em casa e quis um trapézio de presente. Entrou no teatro e no curso de modelo e manequim para perder a inibição, mas foi o picadeiro que a arrebatou. “É uma profissão mágica. A gente pinta a cara, coloca os figurinos e os adereços, se transforma e larga tudo para trás assim que entra na pele do personagem. É uma transformação. O circo é muito envolvente para o público e para o artista”, acredita.
Para ela, o mais interessante de O palhaço é que, além de retratar o circo tradicional, o filme mostra a cobrança que os artistas sofrem para brincar e fazer as pessoas gargalharem o tempo todo. “ É como o questionamento do personagem do Selton: ‘Faço as pessoas rirem, mas quem vai me fazer rir?’. Fora de cena, ele é um homem comum, às vezes até triste. Há essa cobrança de que o palhaço deve estar sempre feliz. As pessoas têm que entender que há um ser humano ali”, destaca Guga.
Singelo
Há 25 anos no ramo, Corneta é só elogios para a produção e se impressionou com a simplicidade e a delicadeza do longa-metragem. Ele, que foi um dos fundadores do Circo de Todo Mundo, diz que a realidade do artista circense está muito bem reproduzida no filme. “O que mais me fascina em ser palhaço é provocar o riso no outro. A frase que o personagem do Paulo José diz ao filho resume muito bem a nossa vocação: ‘O gato bebe leite. O rato come queijo e eu sou palhaço. A gente tem que fazer o que sabe fazer’. É assim a vida”, filosofa.
Palhaço contra Gigantes
Premiado no Festival de Paulínia como melhor direção para Selton Mello; roteiro para Selton Mello e Marcelo Vindicatto; ator coadjuvante para Moacyr Franco; e figurino para Kika Lopes, O palhaço assumiu a liderança das bilheterias brasileiras. De acordo com o site Filme B, portal sobre o mercado de cinema no Brasil, a produção ficou em primeiro lugar em renda de sexta-feira a domingo, com R$ 1,7 milhão. Com isso, o longa deixou para trás a maior estreia da semana, a aventura Gigantes de aço, da Disney, com R$ 1,6 milhão. Ainda segundo o Filme B, o lançamento internacional, no entanto, levou a melhor em público, com 160,3 mil ingressos vendidos, contra 158,4 mil do longa de Selton Mello. Em 10 dias, o público acumulado de O palhaço, produção da Bananeira Filmes em coprodução com a Globo Filmes, ultrapassou a marca dos 500 mil espectadores.
Tinha pipoca, tinha plateia e tinha palhaço. O respeitável público, principalmente as crianças, se divertiam à beça. Bem que poderia ser um circo, mas era uma sessão de cinema. Palhacita e Guga, da Trupe Gaia, e Corneta, da Cia dos Palhaços Gigantes, chegaram ao Cineart do Boulevard Shopping causando alvoroço. “Palhaço sempre provoca alguma reação. E a criançada, especialmente, gosta muito da gente. Fica encantada mesmo”, comentou Guga. A convite do Estado de Minas, os três artistas foram assistir ao filme O palhaço, com direção e atuação de Selton Mello. Os espectadores entraram no clima da exibição e a todo momento brincavam com os artistas, que assistiram à sessão com o figurino completo.
“ Só entra aqui na sala quem me der pipoca”, anunciava Palhacita. “Vamos parar com essa palhaçada aí”, avisava um senhor sentado na última fila aos intrépidos representantes da palhaçaria. O longa, que se passa no interior de Minas Gerais, já recebeu diversos prêmios e conta a história do Circo Esperança, cujos proprietários são a dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue, interpretados respectivamente por Selton Mello e Paulo José, que na verdade são Benjamim e Valdemar. Vivem “mambembeando” pelas cidades afora, levando a magia do picadeiro.
“Isso de cada hora estar num lugar, de não ter um pouso certo, tem tudo a ver com a nossa realidade. Mas como fazemos parte de um circo mais moderno, não é o público que chega até a gente, nós é que temos que ir até o público”, comenta Guga, que espera que a iniciativa de Selton Mello possa estimular outras produções sobre a mesma temática. “É um assunto que fascina gente de todas as idades e mostra o que está por trás da lona: a luta pela sobrevivência dos artistas, o dia a dia que não é feito só de glamour e aplausos. O lado humano por trás das fantasias e das máscaras”, explica.
Palhacita, também integrante da Trupe de Gaia junto com Guga, conta que desde que foi levada pelo pai a um espetáculo circense, ainda criança, nunca mais se esqueceu. Chegou em casa e quis um trapézio de presente. Entrou no teatro e no curso de modelo e manequim para perder a inibição, mas foi o picadeiro que a arrebatou. “É uma profissão mágica. A gente pinta a cara, coloca os figurinos e os adereços, se transforma e larga tudo para trás assim que entra na pele do personagem. É uma transformação. O circo é muito envolvente para o público e para o artista”, acredita.
Para ela, o mais interessante de O palhaço é que, além de retratar o circo tradicional, o filme mostra a cobrança que os artistas sofrem para brincar e fazer as pessoas gargalharem o tempo todo. “ É como o questionamento do personagem do Selton: ‘Faço as pessoas rirem, mas quem vai me fazer rir?’. Fora de cena, ele é um homem comum, às vezes até triste. Há essa cobrança de que o palhaço deve estar sempre feliz. As pessoas têm que entender que há um ser humano ali”, destaca Guga.
Singelo
Há 25 anos no ramo, Corneta é só elogios para a produção e se impressionou com a simplicidade e a delicadeza do longa-metragem. Ele, que foi um dos fundadores do Circo de Todo Mundo, diz que a realidade do artista circense está muito bem reproduzida no filme. “O que mais me fascina em ser palhaço é provocar o riso no outro. A frase que o personagem do Paulo José diz ao filho resume muito bem a nossa vocação: ‘O gato bebe leite. O rato come queijo e eu sou palhaço. A gente tem que fazer o que sabe fazer’. É assim a vida”, filosofa.
Palhaço contra Gigantes
Premiado no Festival de Paulínia como melhor direção para Selton Mello; roteiro para Selton Mello e Marcelo Vindicatto; ator coadjuvante para Moacyr Franco; e figurino para Kika Lopes, O palhaço assumiu a liderança das bilheterias brasileiras. De acordo com o site Filme B, portal sobre o mercado de cinema no Brasil, a produção ficou em primeiro lugar em renda de sexta-feira a domingo, com R$ 1,7 milhão. Com isso, o longa deixou para trás a maior estreia da semana, a aventura Gigantes de aço, da Disney, com R$ 1,6 milhão. Ainda segundo o Filme B, o lançamento internacional, no entanto, levou a melhor em público, com 160,3 mil ingressos vendidos, contra 158,4 mil do longa de Selton Mello. Em 10 dias, o público acumulado de O palhaço, produção da Bananeira Filmes em coprodução com a Globo Filmes, ultrapassou a marca dos 500 mil espectadores.